sábado, 2 de novembro de 2013

Ziraldo cria cartilha para o autismo


Uma cartilha ilustrada pelo cartunista Ziraldo vai explicar o passo a passo do desenvolvimento do autista, elaborado para ser entregue a professores, pais e alunos que não fazem parte do universo do autismo.

Autismo: Uma Realidade será adotada a partir do ano que vem, quando começará a ser distribuída.

O trabalho é de autoria da ONG Autismo & Realidade, fundada por Hermelindo Ruete de Oliveira e Paula Balducci de Oliveira, pais de Júlia, cujo autismo é de alto grau de funcionamento.

Cartilha assinada por Ziraldo
Em março deste ano, o governo dos EUA informou que uma em cada 50 crianças em idade escolar é diagnosticada com autismo. Em 2007, segundo dados do Projeto Autismo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo, a estimativa é que em uma população ainda na casa dos 190 milhões havia cerca de 1 milhão de casos de autismo. Em todo o mundo, a Organização das Nações Unidas, ONU, projeta que existam 70 milhões de autista.

A ONG Autismo & Realidade informa que o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento correto. Os representantes avaliam que, no caso do autismo, é melhor pecar pelo excesso do que pela negligência. Por isso, é importante observar na criança sinais que indiquem um comportamento diferente.

Segundo informações da Associação de Amigos do Autista (AMA), o diagnóstico é clínico, feito por meio da observação direta do comportamento e  por uma entrevista com os pais ou responsáveis da criança. Os sintomas costumam estar presentes antes dos três anos de idade, sendo possível fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade.

 Os sinais do autismo na cartilha

Ainda não há marcadores biológicos e exames específicos para autismo, mas alguns exames – como o teste do pezinho, sorologias para sífilis, rubéola e toxoplasmose, audiometria e testes neuropsicológicos – são necessários para investigar causas e doenças associadas. Existem, ainda, outros exames, como o cariótipo, com pesquisa de X frágil, EEG, RNM e erros inatos do metabolismo.

O autista tem dificuldade para compartilhar interesses com outras pessoas, demonstram uma certa inadequação em abordar e responder aos interesses, emoções e sentimentos de outros.

A criança com autismo pode também apresentar problemas em comportamento não-verbais, como o contato visual direto, expressões faciais, postura corporal e o manejo com objetos. No relacionamento social, há a dificuldade em estabelecer vínculos com uma pessoa específica, em diferenciar indivíduos importantes em sua vida e falta de comportamento que demonstre apego.

Família e escola juntas na inclusão
A família de Júlia contou à ela sobre o autismo há cerca de quatro anos. A menina continua o trabalho com uma equipe de terapeutas que trabalham com ela duas vezes por semana, dando suporte ao seu desenvolvimento.

Universitária, Júlia tem, também, o apoio de uma professora de português que a ajuda na organização dos estudos e nas tarefas e trabalhos da faculdade.Faz pilates duas vezes por semana, fonoaudiologia, aeróbica, inglês e equoterapia.

Ainda de acordo com a ONG, os meninos são quase cinco vezes mais propensos do que as meninas de ter o autismo. Por isso a cor azul simboliza o diagnóstico.

Fonte: Site R7

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